O uso do gerúndio

Mais do que fazer, fale que vai fazer. “Estar fazendo”gera a impressão é de que não se quer fazer.

O problema não é quem inventou o gerúndio. Ele tem função de advérbio e de adjetivo, além de sua natureza verbal. Porém, o problema é quando e como ele é usado. Quem trabalha com vendas deve evitar o máximo quando ele atua como verbo nas orações reduzidas e nas locuções verbais. O gerúndio gera desconfiança para quem ouve. Preste atenção nas frases:

• Eu vou estar enviando o e-mail ao senhor
• Eu vou estar ligando amanhã
• Eu vou estar chamando a pessoa responsável

O gerúndio indica um processo em curso, e, isso já é suficiente para perceber que o cliente quer solução, e não uma resposta que represente um processo. É chato de ouvir, difícil de digerir e pode gerar má impressão.

O verbo apresenta 3 formais nominais: infinitivo, gerúndio e particípio e são chamados de nominais porque podem ter comportamento de nomes em determinadas vezes.

O importante é fugir de uma ação em andamento, como é o caso do gerúndio, e explicar o infinitivo, que é a ação, propriamente dita. Segue abaixo as 3 conjugações verbais do infinitivo, que representam suas terminações.

• terminados em AR – 1ª conjugação
• terminados em ER – 2ª conjugação
• terminados em IR – 3ª conjugação

Portanto, seja lá qual for seu interlocutor, se você precisa passar confiança de que irá fazer algo, não use: eu estarei fazendo. Opte por: Eu vou fazer. Além de soar melhor, é um “convite” à própria coragem e espanta qualquer preguiça.

Autor: Gerson Christianini