Não precisa abrir um jornal da área de negócios para se ler sobre crise. E muito menos estar num ambiente de negócios para que a crise seja o teor principal da conversa. Há muitas formas de crise. Pode ser política, institucional, social, enfim, o certo é que vivenciamos muito esse tipo de comentário, e/ou desculpa. Mas o que seria crise?
Segundo Deonísio da Silva, no livro De onde vêm as palavras, crise vem do grego Krisis, do mesmo étimo (vocábulo que constitui a origem de outro) do verbo Krino, que quer dizer separar, depurar, como se faz com o ouro.
Pesquisando um pouco se encontra que o vocábulo é presente (entre tantos contextos e profissões) na história da medicina, como um estágio de evolução da doença, em um momento de decisão tanto para a cura ou não. Ou seja: crise é usada como separação, definição.
Talvez a crise seja maior que pensamos, não é leitor? Literalmente. Essa palavra é rica de significados e acepções, e está envolvida em muitos contextos. Portanto, quando um cliente reclamar da crise a um gestor e/ou executivo de vendas, é possível que ela realmente exista. Se não for de natureza econômica, deve ser de confiança, no mínimo.
O que é importante frisar é a capacidade de depuração que essa palavra supõe, e toda a evolução que ficou entendido de suas acepções. Extrair o melhor dos problemas e “garimpar” soluções da adversidade são lições a se tirar da crise. Independente se ela for de origem macro ou micro, o fato é: se render aos infortúnios nunca pode ser uma opção.
Há gente que ao presenciar qualquer indício de crise fecha a torneira, corta investimentos e se esconde atrás do balcão à espera de um socorro, aguardando a tempestade passar. Mas será essa a saída? O estilo “pé no chão” acaba sendo o mantra mais conhecido em tempos de incertezas, porém, tirar proveito dos infortúnios com pesquisa de mercado e investimento em Marketing é uma boa oportunidade para enfrentar o vendaval.
Para enfrentar a crise é preciso vender mais, e, para vender mais, é preciso se comunicar mais com os clientes, propagar com mais precisão à marca para o público-alvo, ter processos otimizados com máquinas e tecnologia de ponta, contratar as melhores pessoas para melhorar a produtividade, ou seja, ainda mais em tempos de crise, é necessário investir, se cercar do que é melhor, tanto em pessoas como em maquinários. Atar as mãos pode ser nocivo. Em vendavais, quem está de mãos atadas tem mais dificuldade de sobreviver.
Autor: Gerson Christianini