Esse artigo não é para aqueles que estão na zona de conforto. Que já se acostumaram em fazer só o que pedem, e que só cumprem as ordens que recebe. Esse artigo é aqueles que são movidos a resultados, que entendem a vida como um constante desafio, e levantam todo dia para fazer história e não para seguir a manada por mais 24 horas. Se esse artigo te dá calafrios ou se qualquer hipótese de mudança abre a janela do medo em você, não se preocupe. Você não é o único. Mas isso não significa que você possa melhorar seu desempenho profissional e pessoal.
Antigamente as gerações ficavam décadas em uma empresa. Hoje as gerações não priorizam tanto o tempo e têm uma facilidade melhor para se adaptar em culturas distintas, em segmentos diferentes. Não é correto demonizar nem divinizar a cultura antiga, que era “nascer e morrer” na mesma companhia. Eram tempos com peculiaridades distintas, tanto socioeconômicas como culturais. E, quando se fala em demitir o chefe não significa agir emocionalmente, e nem analisar apenas o que a empresa está ofertando para você, mas analisar o que a empresa está ofertando ao mercado, e a forma como está tratando o consumidor.
Primeiro motivo; da forma como a empresa cumpre os acordos com o cliente: desde a visita, os horários agendados ou através dos atendimentos no balcão, passando pelas dúvidas sanadas até chegar à venda concretizada, a empresa tem muita coisa a acordar com o cliente. Dependendo do produto são muitas variáveis envolvidas, como preço, condição de pagamento, entrega, assistência técnica, ou seja, variáveis que a empresa promete e precisa cumprir. Caso a empresa não cumpra com os requisitos, o homem de vendas, desde o balconista até o vendedor de campo, estará comprometendo a própria imagem. Portanto, mesmo que você esteja defendendo a bandeira de uma empresa, defenda a bandeira da integridade e seja sempre transparente para o cliente, porque no futuro você dependerá não do nome da sua empresa, mas do seu nome, para sua vida profissional.
Segundo motivo; como a empresa cumpre os acordos com você: quando a empresa te contrata ela deixa claro (ou teria que deixar claro)como funcionam os pagamentos, o horário de trabalho, as funções que você vai exercer, como são paga as horas extras, quantos feriados você tem direito quando trabalha no feriado, quantas folgas você terá se trabalhar em pleno domingo, enfim, uma série de informações importantes para o exercício da sua atividade. Caso a empresa, depois de registro em carteira, comece a apresentar condições diferentes do prometido, cabe a você repensar sobre a credibilidade da empresa, e buscar algo que atenda às suas expectativas.
Terceiro motivo; como a empresa trata sua carreira: por mais que a empresa não tenha combinado de te dar uma promoção e nem delineado um plano inicial de crescimento, é evidente que as pessoas aspiram sempre algo melhor na vida. Portanto, caso você esteja fazendo cursos, se atualizando, melhorando suas técnicas, e a empresa não lhe oferece nenhum retorno com seu esforço, é natural você pleitear algo com a gestão. Se a resposta for não, seria ideal refletir se é isso mesmo que você quer. Existem pessoas que trabalham por prazer, ou pelo relacionamento que tem com a equipe e/ou diretoria. Caso não seja esse seu caso, procure uma empresa que atenda e recompense seus esforços.
Quarto motivo; como a empresa se posiciona no mercado: a forma como a empresa trata seus clientes é apenas uma das formas de posicionamento. Com uma ajudinha do Marketing, a empresa vai trabalhar a percepção do consumidor, com propagandas direcionadas para o público-alvo específico, e esse posicionamento precisa ser alinhado à cultura organizacional. Não adianta investir em propagandas cinematográficas para se posicionar como inovadora, se ela não demonstrar isso internamente aos seus colaboradores. Dependendo do perfil do funcionário, o posicionamento da empresa é importante, para que, através da identificação, o colaborador possa não apenas cumprir horários dentro da empresa, mas se engajar no projeto da companhia, se alinhando à ideologia da marca e trazendo resultados duradouros e desempenho superior.
Evidente que o título é cru, e parece insensato, mas o texto é coerente e sensato. Quando se fala em demitir o chefe, não significa que você vai chegar chutando a porta no dia de amanhã. O título e o texto servem para você refletir como está sua vida pessoal e em que estágio você se encontra no âmbito profissional. Não existe uma única saída; nem uma única empresa; muito menos só 4 motivos. Como também não significa que o problema está na sua empresa e/ou no seu chefe. Muitas vezes o problema está no funcionário, e no baixo desempenho que ele apresenta.
Os motivos elencados acima são para que os funcionários analisem o que podem melhorar na empresa, seja na que trabalha atualmente ou em uma posterior, e serve para os gerentes e supervisores analisarem o que estão defendendo e apregoando, tanto dentro da companhia como no mercado. Se você está pronto para continuar na empresa ou para demitir seu chefe, é apenas uma provocação. Vai depender da afinidade e do valor que você dá à sua área de atuação, à sua companhia, à sua carreira e à sua equipe. O que você, leitor, tem que estar pronto, é para idealizar sempre algo melhor em sua vida, melhorando suas capacitações e construindo uma imagem melhor, seja pessoal e/ou profissional.
Autor: Gerson Christianini